Esta foi a pergunta que encontrei ao ler "Mutações em educação segundo Mc luhan".
Nossas ações são as verdadeiras responsáveis por mudanças em nossas vidas e na sociedade. Mas a reflexão e análise sobre estas ações são essenciais para que as mudanças sejam eficientes, pois pressupõem um entendimento profundo e uma capacidade de estruturação mental desta nova realidade.
Ao refletir sobre suas ações e analisá-las, cada um pode resignificar seus conceitos, renovando-os, percebendo-os através de novas perspecivas. Portanto, esta ação reflexiva permite mudanças contínuas e conscientes, além de fazer da mudança um momento de opção entre caminhos, possibilidades.
Muitas vezes percebemos uma distância entre pensamento e ação, escolhas incoerentes, conceitos equivocados ou preconceitos, decisões baseadas em convenções ou em benefícios próprios. Comentamos as atitudes de determinadas pessoas. Muitas vezes nos irritamos com tais atitudes, sem entender o que as origina, qual a motivação que as impulsiona.
Precisamos conhecer para entender, precisamos refletir sobre os fatos, causas e conseqüências, precisamos paciência e empatia, precisamos partilhar nossas experiências e nossos conhecimentos para que mais pessoas saibam porque as coisas acontecem de uma determinada maneira e não de outra e porque tomamos esta e não aquela decisão.
Quando partilhamos nossas experiências, não apenas contamos o que fizemos, mas localizamos no tempo e no espaço um fato, apontamos suas motivações e o que resultou a partir dele, o que se concluiu ao final e se foi positivo, se a açao foi baseada em impulso ou em reflexão, se usamos o instinto ou a razão... são tantos aspectos que conseguimos sintetizar em um relato, que pode tornar esta troca um momento rico, importante para o outro e para nós mesmos na compreensão de outras realidade e na tomada de atitudes frente a outros problemas.
Então fica a pergunta, você já pensou em transmitir sua experiência?
Nosso modo de ver é único, nossa forma de sentir também. Aquilo que pensamos, o fazemos com propriedade e a decisão de compartilhar tantas peculiaridades será apenas nossa. Precisamos decidir por contribuir com nosso verso.
"O homem primitivo era limitado pelos problemas geográficos, pela língua, pela cultura, pela religião, pelas classes sociais, pela profissão... Não era dono do mundo. Todas estas barreiras foram caindo uma a uma, por um ecumenismo que criou o homem planetário e deu sentido, finalmente, ao termo HUMANIDADE."