domingo, dezembro 14, 2008

Tecnologias de informação e comunicação na educação

Seres humanos interagem entre si e com o meio através dos sentidos e dele recebem estímulos que, re-significados, o humanizam. O poder intelectual humano não tem limites e, como afirma o professor José Manuel Moran, podemos ser abertos, flexíveis, criativos e construir um “universo sensorial, afetivo e ético” a partir de nossas experiências e vivências. Novas tecnologias, novos suportes e uma intensa produção/representação simbólica e intelectual, constituem elemento essencial da cultura humana. Então, como impedir que uma criança em desenvolvimento tenha contato com boa parte da produção cultural da época em que vive e que hoje está disponível através destas tecnologias?
Parece óbvio que uma televisão não deva ser o agente educador de uma criança, ou que os estímulos que esta criança receba provenham apenas de emissoras de TV interessadas no consumo e no lucro, sem compromisso algum com sua individualidade ou pleno desenvolvimento. É preciso saber como lidar com estas tecnologias, aproveitando-as da melhor forma possível em nossas vidas, sem deixar de refletir sobre suas influências e principalmente compreender suas estratégias de comunicação.
Quando aprendemos a escrever, dominamos um código, com o tempo compreendemos seu uso, percebemos sutilezas e intenções, nos alfabetizamos e nos letramos. Ao ter contato com diferentes mídias, aprendemos também suas sutilizas, podemos descobrir suas estratégias e, assim, conscientemente, reelaborar vivências e experiências. A comunicação pressupõe um contexto e interlocutores - ao ler os textos apresentados nesta tarefa, por exemplo, procurei saber quem são estes professores, de que lugar eles falam.
“Os meios de comunicação, principalmente a televisão, desenvolvem formas sofisticadas multidimensionais de comunicação sensorial, emocional e racional, superpondo linguagens e mensagens, que facilitam a interação, com o público.”
“A força da linguagem audiovisual está em que consegue dizer muito mais do que captamos”. Moran, então, nos aconselha, como educadores, a aprender com as novas mídias e com a própria televisão a usar estes recursos de forma construtiva e crítica, a fim de integrar a escola com a vida, de forma consciente e responsável.

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